Olhando para o mar de Iriri, lembrei dos diálogos que tive com Napê , sobre nossas experiências diaspóricas. Venho entendendo que o corpo diaspórico afrobrasileiro constitui-se não apenas numa contemplação, as vezes idealizada, de um passado Africano.
A diaspora é atualização, tradução.
Sendo assim, pergunto-me: como águas atlânticas, de séculos passados, atualizam-se em mim na contemporaneidade?
Há momentos que minha experiência de diaspora produz em mim a sensação de habitar o mar. Sinto-me naufragando e emergindo. Nado, mergulho. Avisto ilhas de liberdade, nado até elas.
Mas sempre volto ao mar, onde também me sinto livre, e expansiva.
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